Muito se fala sobre amor próprio aqui nas redes. Observamos uma série de posts que falam a respeito da importância da autoestima.

Acredito que a grande maioria de nós (se não todos) desejamos nos amar ou ter essa autoestima tão abordada por aqui

Mas, observo no consultório que a pergunta continua ecoando: Como?

Parece que querer não é o bastante para se amar

 

Quais são os alicerces para a auto estima?

Quando não houve referência da aceitação amorosa no contexto familiar, em especial na nossa infância, o amor próprio pode se tornar muito desafiador.

A base da construção da autoestima é a confiança. Precisamos sentir seguros de que, mesmo diante das nossas falhas, as pessoas mais importantes para nós, continuam ali, nos amando. Quando essa confiança é abalada, em especial na infância, fica faltando uma peça fundamental para a percepção amorosa de quem somos.

Quando a experiência do desamor é intensificada nas relações pessoais e sociais, é aí que se amar passa a parecer quase uma utopia.

No conto O Patinho Feio, observamos uma metáfora que aborda a experiência da rejeição. Se a gente for ler o conto original, escrito por Hans Christian Andersen, vamos notar que na narrativa, a experiência da rejeição começa antes mesmo do nascimento do personagem.

A ausência da percepção de acolhimento e aceitação, faz com que o Patinho Feio não se reconheça e duvide de si mesmo. Foi necessário, encarar o medo da dor da rejeição e arriscar um encontro com os Cisnes, para que ele pudesse finalmente reconhecer a sua identidade. É neste momento, no conto, que ele olha para si mesmo no espelho da água. O reflexo dele sempre esteve ali, afinal ele vivia na água também, mas ele só percebe quando encara a ferida da dor.

 

Mas, e como faz para ter amor próprio?  Você deve estar se perguntando…

Não tem uma fórmula, mas alguns contos como esse, O Patinho Feio, oferecem uma metáfora. E isso não é pouco, por que uma metáfora é uma experiência muito mais rica do que uma receita pronta, por exemplo.

Para construir o amor próprio, quando não tivemos o fundamento ou referências adequadas na nossa vida para a essa percepção, é necessário enfrentarmos as feridas deixadas por experiências sentidas como: abandono, inadequação, rejeição, insegurança etc.

Sabe aquele lindo “cisne” que você admira e te faz suspirar como quem pensa: “a vida seria mais fácil se eu fosse como fulano”. Então, a boa notícia é: o Cisne é você. Por de baixo da dor advinda do sentimento de desamor, o Cisne está lá. Mas assim como o personagem Patinho Feio, não é fácil enxergar o Cisne em si mesmo.

 

Um sim todos os dias que for possível

A auto estima é, para muitos, um processo de construção diária que pode ser fortalecido com um sim a si mesmo todos os dias que for possível. Não é receita, mas esse é um bom começo: um sim a si mesmo e uma dose de coragem. Porque é com coragem que a gente se olha no espelho e diz sim para si mesmo, apesar de todas as nossas imperfeições.

Um sim para si mesmo pode ser: um carinho, um abraço, um elogio, uma comemoração, um reconhecimento, um descanso que você dá para si mesma (o/e), diante de uma situação que te diz não. Qual é o seu sim?

Quer saber mais sobre o Patinho Feio? Conheça a história aqui.

 

Imagem: Ismail Zaidy

 

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